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Comportamento

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Tá achando que vai ter dica de suquinho, receita fitness, etc? Achou errado! Tudo bem se você acha que exagerou na comida, mas não será aqui que vai encontrar esse tipo de conteúdo, haha. A detox a que eu me refiro é outra.

Eu tive um ano de 2018 muito bom, e devo grande parte disso a minha mudança de comportamento diante de algumas situações que apareceram na minha vida. Ficam aqui as minhas dicas, espero que elas te ajudem de alguma maneira a ter um 2019 melhor!

1 – Cortar relacionamento com pessoas tóxicas

Claro que parece óbvio falar isso, mas a gente precisa sim se afastar de quem coloca a gente pra baixo. Mesmo que não seja a intenção da pessoa te magoar, se ela apresenta um comportamento que acaba sempre te deixando mal, se o sentimento de carinho vem só de um lado ou se ela não consegue respeitar seus momentos e sua personalidade, tá na hora de repensar esse convívio.

2 – Ser franca e abrir o jogo quando algo te incomoda

Esse foi meu grande ponto em 2018. Eu vivi durante muitos anos “escondendo” minhas chateações e acumulando mágoas, ficando triste e emburrada sem que muitas vezes a outra pessoa soubesse que me chateou. Em 2018 eu resolvi que falaria sempre que me sentisse ferida. O resultado? Aparentemente, as grosserias alheias passaram a me atingir menos!

 

3 – Se colocar em primeiro lugar

Parece egoísmo, né? Mas não é. Não foram poucas as vezes em que eu saía de casa sem querer só pra não recusar um convite, passava por perrengue pra não ficar mal com alguém ou gastava rios de dinheiro com coisas que nem me interessava tanto só pelo medo de perder algo. Hoje, antes de tomar qualquer decisão, eu me pergunto por que aquilo me faria bem, se eu estou confortável na situação e se não vai me causar um grande transtono. Baseada nas respostas, faço minhas escolhas. Faz parte do respeito a mim mesma e eu amo!

4 – Aceitar e ouvir mais o que os outros tem a falar sobre você

A gente cresce ouvindo que não é pra ligar pro que os outros falam da gente, mas… bem, vivemos em sociedade e algumas coisas – como gentileza, empatia, bom humor e outros adjetivos – facilitam as relações interpessoais, sejam elas de faculdade, amigos, trabalho, família, etc. Em 2018, eu aprendi a aceitar elogios das pessoas que convivem comigo e entender que eles realmente me cabem, e nem de longe isso é um sinal de arrogância. Também passei a refletir sobre as críticas sobre mim e entender se e como eu poderia mudar minhas atitudes. E cara, isso me trouxe um autoconhecimento (e uma autoconfiança) tão grande sobre mim!

Aproveito pra reforçar que nenhuma dessas dicas é fórmula ou garantia de que vá dar certo. Tudo o que eu compartilho aqui e nas minhas redes é o que faz bem pra mim e pode te ajudar a se sentir melhor com você mesma ♥.

Um 2019 de muito amor e luz pra vocês!

 

Ao contrário da maioria dos posts que eu faço aqui no blog, esse é direcionado à todas as mulheres, e não só às gordas.  Já falei aqui algumas vezes que minha função não é reduzir o movimento antigordofobia à questões de autoestima, mas não dá pra ignorar o que tá rolando. Nos grupos de Facebook/Whatsapp, no trabalho, nas várias mensagens que recebo todos os dias no meu Instagram… o tempo todo, me vejo cercada por mulheres que odeiam algo em si mesmas. Que não se acham suficientes. Curiosamente, são todas mulheres com carreias promissoras/consolidadas, relacionamentos estáveis.

Tudo isso me leva a um grande questionamento: O que tá acontecendo com a autoconfiança das mulheres?

“Me sinto insegura o tempo inteiro”

Nunca falamos tanto sobre esses assuntos. Empoderamento, autoestima, saúde mental… temas que podem gerar ótimos debates, mas parece ter tomado um caminho completamente esquisito, porque estamos falando de autoestima de um jeito errado. Já falei várias vezes,  mas é absurdo vermos pessoas influentes se apropriando de um discurso de maneira totalmente vazia. Falando de autoestima mostrando o que é considerado “defeito”, ao invés de naturalizar o próprio corpo. Mostrando felicidade em “fazer o que ama”, ignorando que a maioria das pessoas não tem esse privilégio. O efeito reverso é um fato: as mulheres estão frustradas por terem mais que duas celulites na bunda, ou por não poderem tirar um ano sabático.

Modéstia à parte, sei que sou referência em autoestima para muitas amigas. Busco amar meu corpo e estar confortável com ele enquanto toda uma sociedade diz que ele é doente e feio. Costumo estar sempre numa posição de confiança sobre minha personalidade. A questão é que conheço bem meu valor e na maior parte do tempo me sinto segura em ser quem sou.

Eu queria que cada uma dessas amigas (e todas as mulheres maravilhosas do mundo) olhassem com mais carinho pra si mesmas. Treinassem o olhar para as próprias qualidades  – físicas ou de personalidade -, se sentissem segura na sua própria pele. Chega a ser fisicamente angustiante ver tanta mulher se colocando numa posição inferior ao que realmente é.

“Se olhe no espelho e diga a si mesma que você é linda”

Não vou dizer que estou 100% dos dias confortável comigo mesma. Algumas vezes também me sinto insuficiente, insegura, feia. O que me ajuda é entender que é só um dia, que aquela bad vai passar, e tentar não sentir pena de mim mesma.

Sempre que me sinto mal, tento me fazer um carinho, cuidar de mim. Ouvir a música de um artista que eu curta muito, fazer uma comida fresquinha e gostosa, cuidar dos cabelos e/ou assistir alguma série são algumas das coisas que me fazem bem.

Funcionou também me fotografar diariamente diante do espelho. Ajudou muito com meu estilo, mas também a ver meu corpo de uma outra maneira. Seguir pessoas com um estilo de vida parecido com o meu, para não transformar meu tempo na internet numa fonte inesgotável de desejos que eu não sei se um dia vou poder ter. Parece bobo, mas funciona por aqui.

Vamos cuidar umas das outras. Passar tempo de qualidade com outras mulheres, mostrando sempre o quão maravilhosas nós somos. Nós merecemos e precisamos construir essa rede de apoio. ❤

“Vá se abraçar!”

Semana passada no site da revista Quem Acontece havia uma matéria com a atriz Fabiana Karla e seu novo namorado em uma viagem romântica na Bahia. Fabiana Karla é uma das poucas atrizes gordas no cenário nacional, e seu namorado, um cara padrão. Perfil atlético, aparentemente mais novo… Não demorou muito para que o namoro fosse alvo de questionamentos. Houve quem julgasse a sexualidade do cara, quem o acusasse de ser aproveitador. Pouca gente realmente focou no que as fotos mostravam: um casal em início de relacionamento, naquela fase mais grudenta e melosa, haha.

É impressionante como para muita gente um relacionamento entre mulheres gordas e caras magros seja algo de outro mundo. Desde que eu e Diego ainda éramos namorados, cansei de ver mulher tentar flertar com ele na minha frente, por acreditar ser mais interessante que eu apenas por ser magra.

“Algum interesse ele tem”

“Com certeza ele trai ela”

“Deve ser relacionamento de fachada”

“O que ele viu nela?”

Como se uma mulher gorda não pudesse ser atraente, interessante. Como se um homem padrão não pudesse amar, ter tesão, admirar uma mulher gorda e mostrar isso pro mundo – já que para grande parte mulher gorda serve apenas para o sexo, né? Como se mulheres gordas devessem se relacionar exclusivamente com homens gordos. E bem, sabemos que não é raro vermos homens gordos dizendo que não se sentem atraído por mulheres gordas. “É questão de gosto”, eles dizem. Mas sabemos bem que feio e bonito são construções sociais, né? Nós somos ensinados a isso, nos cabe buscar ter uma visão mais ampla.

Outra que teve que lidar com esse tipo de desconfiança foi Preta Gil. A cantora, que sempre foi pegadora no mundo artístico – já namorou com Marcos Palmeira, Caio Blat e Marcos Mion, segundo esta matéria do Jornal Extra – não escapou das insinuações sobre o caráter e a sexualidade de seu marido, o personal trainer Rodrigo Godoy. Além disso, foi alvo de vários memes bem gordofóbicos no dia do seu casamento. Preta está casada há quase três anos e volta e meia vemos ela e o marido compartilhando momentos apaixonados juntinhos.

E sabem o que é mais interessante? Eu não vejo esses caras se gabando por estarem ao lado de uma mulher gorda. Porque, aparentemente para eles, Preta, Fabiana e qualquer outra é a namorada, esposa ou companheira. É a parceira e pronto. Ao contrário do que muita gente tá acostumada a pensar, também não tem piedade envolvida nesses relacionamentos. É muito possível ser amor ❤

Se uma mulher gorda e feliz incomoda, quando ela namora e/ou casa com um homem padrão o incômodo fica ainda maior. Não seja a pessoa que despeja veneno no casamento alheio ou que duvida do sentimento. Todo mundo pode e merece viver uma grande amor, independente de biotipo físico.

 

Estamos rendidos. Cada vez mais as redes sociais ganham espaço, geram emprego e vem ditando comportamento de adolescentes e novos adultos. Segundo a pesquisa Futuro Digital em Foco Brasil, de 2015, os tempo médio que o brasileiro gasta nas redes sociais por mês é de 650 horas,  60% a mais que o resto do planeta. Tanto tempo se expondo e observando a exposição alheia faz com que seja inevitável não se comparar com o que os outros estão vivendo e fazendo.

Para além disso, a pressão estética (seja sobre pessoas, receitas, projetos ou estilos) de algumas redes vem também massacrando e fazendo com que crianças, adolescentes e adultos escolham seus trajes, passeios e calculem cada passo e estejam dentro do padrão de beleza que as redes pesam. Listei as três que eu acho mais nocivas:

A febre Tumblr

De repente, vi despontar conteúdos em várias plataformas que ensinavam ‘penteados Tumblr’, ‘roupas tumblr’, ‘quarto Tumblr’, e, finalmente, ‘como tirar foto Tumblr’. Em todo o conteúdo que pesquisei para escrever esse post, haviam unanimidades. Todas as ‘fotos Tumblr’ eram compostas por jovens (mesmo! vi pouquíssimas referências de mulheres acima de 25 anos) brancas, com cabelos longos, maquiagem milimetricamente feita para causar a impressão de estarem de cara limpa. Ah, não pode esquecer o mais importante: o filtro nas fotos! Vou destrinchar mais mais sobre esse último tópico quando falar sobre feed organizado, mais pra frente.

É claro que com o aumento de influenciadoras digitais consideradas fora dos padrões de beleza – negras, gordas, cacheadas e crespas -, muitas tentaram também adaptar a tal estética para seu conteúdo. Uma busca rápida por ‘como ser Tumblr cacheada’ e vemos várias meninas se esforçando para, mesmo diferentes, entrarem naquela estética. Quando digitei ‘como ser Tumblr gorda’, vi ainda mais esforço. Como grande parte dessa aparência é também sobre a roupa, para as gordas não tem muito conteúdo, já que o “figurino Tumblr” ainda é bem restrito na moda Plus Size.

Exemplos de “fotos Tumblr” e decorações de ambientes que o Pinterest vive jogando nas nossas caras 

Pinterest

Não me entendam mal. Eu adoro o Pinterest, foi de lá que tirei várias inspirações para o meu casamento – da decoração à tiara de flores que usei no cabelo -, além de ideias para decorar meu micro apartamento e outras coisas do dia, mas temos que entender que reproduzir algo que vemos a partir do combo feito por profissional + fotografia bem tirada e editada é quase impossível e pode sim gerar frustrações.

O exemplo mais popular e atual é o programa Mandou bem! (Nailed it!), da Netflix, onde confeiteiros amadores tentam reproduzir aqueles bolos e sobremesas super bem decorados que vemos no Pinterest, e obviamente o resultado é digno daqueles memes expectativa x realidade, haha.

Feed organizado no Instagram

Conversando com amigas, cheguei à conclusão que o Instagram é a rede que mais afeta a autoimagem da galera com mais de 25 anos – antes dos 25, a onda é ser “garota Tumblr” rs. A busca excessiva do feed organizado numa rede que foi criada apenas para compartilharmos fotos assim que a tiramos- acredito que Insta venha de instantâneo – vem desenvolvendo uma neurose em algo que deveria ser prazeroso.

Feed organizado por cor, fotos cheias de edição, melhor horário para postar… Confesso que faço algumas dessas coisas por exigência de mercado, mas gosto mesmo é da espontaneidade. É difícil alimentar isso, cara! Quero mostrar uma foto minha em um momento de diversão, e não ter que parar a diversão para tirar foto. Jovens adultos já tem muitas neuroses na vida, para que criarmos mais uma?

Redes sociais são ótimas ferramentas, mas precisamos entender que nós as controlamos, e não o contrário. Vale a pena buscar inspirações para algo que queiramos muito fazer, mas não darmos mais importância do que as coisas realmente merecem. Postar uma foto que não combina com seu feed atual (mas que rolou num ótimo momento) não vai estragar sua imagem no Instagram. Ser gorda não te faz sair feia na foto. Tudo bem se você tentou pintar a parede do quarto e acabou borrando um pouco… faz parte!

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Quem me segue no Instagram já deve ter visto várias fotos minhas com a Peteca, mascote aqui de casa. Hoje vim contar como a chegada de um cachorro na nossa casa mudou a minha vida – e a do Diego também. Mas antes de falar da nossa Petequinha, preciso contar nossa história com a Chica e como precisamos de muito mais que amor para adotar um animal de estimação.

Durante os anos de namoro, eu e Diego vivíamos stalkeando perfis de ONGs que resgatam e cuidam de animais abandonados, “paquerando” os cãezinhos e aguardando a hora em que finalmente conseguiríamos adotar um. Quando estávamos terminando a reforma do nosso apartamento, apareceu a postagem de uma ONG oferecendo uma mestiça de labrador. Veja bem, a gente não fazia questão de raça, queríamos mesmo ter o ‘feeling’ do cachorro. E sentimos isso com a Chica. Como os pais do Diego criaram um cachorro de porte médio-quase-grande em apartamento, achamos que daríamos conta também. E, por quase um mês, aguardamos a chegada da Chica.

Infelizmente a Chica voltou ao abrigo após alguns dias aqui em casa. Não demorou muito para percebermos que nosso apartamento não tem estrutura para um cão de porte grande, além de eu mesma não ter estrutura. A Chica chegou com 8 meses pra gente e já era um bebezão. Não conseguíamos dormir, porque ela subia na cama sem a menor cerimônia – até xixi ela fez uma noite, rs. Não conseguia cozinhar, porque ela tinha altura pra alcançar a pia, além de todos os impedimentos. Confesso que idealizei a ideia de ter um cachorro, mas não tive energia pra lidar com uma de porte grande. Tomar a decisão de levá-la de volta ao abrigo foi muito doloroso, porque eu já a amava muito, mas não tinha forças pra mais nada. Era um misto de frustração e culpa, eu me senti um monstro. Quando cheguei no abrigo, a menina responsável disse que já imaginava que fosse acontecer, mas que eu não desistisse de ter um cãozinho. Ela disse que a tristeza passaria, e quando passasse, que eu pensasse bem num cachorro que coubesse não só no nosso apartamento, mas também no nosso estilo de vida.

Olha o tamanhão da bebê Chica!

Eu já estava decidida a não ter cachorros nunca mais. Além do trauma e da culpa no retorno da Chica para o abrigo, não me considerava pronta pra ter outro doguinho em casa. Eis que eu estava com esse pensamento, até que recebi um telefonema da minha tia, perguntando se eu tinha interesse em adotar um cachorrinho ‘salsicha’ – o nome certo da raça é Dachshund. Ela me disse que os cachorros de um rapaz que trabalha na agência bancária dela cruzaram por um descuido dele e ele não queria vender – a intenção era colocar para adoção e continuar acompanhando os filhotes nas famílias. Liguei para o Diego, que pesquisou tudo sobre a raça (já sabíamos que era pequeno e ficaria de boa num apartamento, mas era primordial saber sobre a personalidade e comportamento). Em algumas horas, topamos. Fomos conhecer os filhotinhos em seguida, eles nem abriam os olhos ainda! Escolhemos a mais gordinha, e assim que ela desmamou, a trouxemos para casa.

Hoje eu me pergunto como eu pensei em nunca mais ter cachorro… A Peteca é a coisa mais linda e fofa da vida! Amor da família, ama visitas e ama visitar a casa dos outros também. É uma super companheira pra tudo, não pode ver eu me movimentando que ela vai atrás. Chega a partir o coração quando preciso ir na rua e não posso levá-la. Por ela ainda ser filhote, não pode andar na rua – mas essa semana já vai poder!

Nossa xalxixa veio mini e agora tá virando um xalxixão!

A Peteca chegou na nossa casa há pouco menos de dois meses, e preciso dizer que volta e meia me pego pensando no tanto de dinheiro que já gastamos com ela e que poderíamos ter direcionado para outras coisas. É bizarro, porque em frações de segundo eu me pego pensando no cheirinho dela e em como tê-la na nossa vida é maravilhoso, como a presença dela traz mais vida e mais luz pra nossa casa. Ela já tá quase 100% treinada pra fazer xixi no lugar certo, além de ser muito esperta e carinhosa.

Dito isso, preciso reconhecer que sobrou empolgação e faltou maturidade na nossa primeira tentativa de adoção. Entender o animal, as características da raça e se vão se adequar à sua casa e seu estilo de vida é fundamental para uma adoção de sucesso.

Ah, a Chica foi adotada há cerca de um mês. Nem preciso dizer o quanto ficamos felizes por ela ter encontrado uma família com, além de estrutura, muito amor pra dar!

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