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transição capilar

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Já contei em um post anterior sobre como estou reinventando minha relação com os meus cabelos ao fazer transição capilar e deixar o secador e a chapinha para eventos específicos. Há algum tempo eu vinha cuidando mais ou menos, buscando seguir a técnica low poo e fazendo cronograma capilar, mas, como já expliquei, o que me ajudou a fazer às pazes com meu cabelo, e a conseguir uma definição mara foram os finalizadores.

Como meu cabelo acostuma rapidamente com produtos (e os efeitos vão ficando menos evidentes com o tempo), uso vários finalizadores, de tipos diferentes, dependendo de como meu cabelo tá se comportando no dia – e aí volto àquela história de conhecer bem e perceber os sinais que seu corpo dá. Alternando os produtos, eu consigo prolongar os bons resultados deles, vai entender.

Meu cabelo é 2B, e constatei que ele precisa de um finalizador para que fique definido. Em casa eu dou aquele tempo de “respiro” do cabelo sem produtos nenhum, mas sair sem finalizar o cabelo não é mais uma opção, haha. Me sinto muito mais confortável e satisfeita quando vejo que meu cabelo tá com forma.

Listei os produtos que vem me ajudando nesse processo de redescobrimento, e que uso pra deixar meu cabelo ainda mais maravilhoso no dia a dia.

Meus cachos de cinema – Manteiga ativadora de cachos, da Embelleze – R$16,90 a embalagem com 320g, na Meu Cabelo Natural

Como eu contei no post sobre a minha transição capilar, esse foi o produto que deu o pontapé inicial no novo olhar que eu tenho sobre meu cabelo. Como meus fios são super finos, preciso ter muito cuidado com a quantidade de creme que passo neles, porque pra ficarem com o aspecto de engordurados é bem fácil. Essa manteiga é super consistente, eu costumo espalhar um dedinho dela no meu cabelo e vou amassando bem as mechas para que os cachos fiquem super definidos. O resultado é incrível!

Finalizado com a Manteiga reconstrutora light x Finalizado com a Manteiga ativadora de cachos

Manteiga Reconstrutora light, da Embelleze – R$9,95 a embalagem com 220g na Rio Belleza

Peguei a dica dessa manteiga com a Carla Lemos, do Modices. Comprei e foi tiro e queda, mas apesar de curtir como finalizador, o produto pode ser usado também como pré-shampoo (uso com frequência pra fazer uma umectação expressa, já que contém manteiga de karité, mix de óleos e azeite de oliva na composição), e máscara de nutrição e reconstrução. O preço é super em conta e o cheirinho é maravilhoso.

Ativador de cachos Maionese capilar, da Salon Line – R$12,90 a embalagem com 300ml, na Rio Belleza

Comprei esse no ímpeto da curiosidade, e porque o preço era bem bom. Ainda não entendi direito as mil versões da tal maionese capilar – parece que tem em versão máscara também -, mas o que achei bacana dessa linha é que existem fórmulas diferentes para tipos de cabelos diferentes. A que eu comprei varia entre 2ABC e 3A, por exemplo. Eu achei que, apesar de mais rala que as manteigas, ela pesa mais no cabelo, então evito usá-la em dia de muito calor, além de precisar de bem pouco produto para que o efeito fique perfeito!

Vem que não tem – Finalizador Megaleve, da Sou Dessas – R$33,19 a embalagem com 120ml, na Casanostra Cosméticos

Ganhei a máscara e o finalizador da Sou Dessas no Hashtag Bazar de aniversário, em maio. Sobre o creme eu falarei mais pra frente, mas o finalizador, à base de chá verde, é bem eficiente se eu tiver acabado de lavar o cabelo. Como ele é o único óleo dentre os produtos que citei nesse post, todo cuidado é pouco, inclusive se você tem cabelo fino como o meu. Se o tempo tiver frio e seco, é o finalizador que deixa meu cabelo mais bonito e arrasador, mas evito usar em dias muito quentes ou úmidos, até por conta do frizz natural.

 

Como eu sou adepta à técnica low poo – falarei dela daqui a alguns posts, é importante ressaltar que todos esses finalizadores são livres de silicones, petrolatos, parabenos e sulfatos.

E vocês, como finalizam o cabelo? Tem alguma dica quente pra compartilhar?

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É curioso como às vezes leio ou ouço de alguma leitora que sou uma inspiração, dou banho de autoestima entre outras coisas que fazem de mim uma pessoa que ajuda na estrada do autoconhecimento e amor próprio. É incrível quando acontece e eu me sinto realizada e grata, atestando que estou no caminho certo. Mas eu sou mulher, e fui socializada para nunca me sentir satisfeita ou bonita comigo mesma, e, se ser gorda nunca me incomodou, meu cabelo sempre foi o pivô de muito drama ao me olhar no espelho.

Explicando: eu fui uma criança com cabelo bem lisinho, franja e tal. Meu cabelo era fino, mas volumoso. No auge da rebeldia da adolescência, comecei a mexer no cabelo. Descolori e usei cores fantasia (todas as imagináveis), daí meu cabelo ficou com uma forma estranha e eu me rendi à novidade dos anos 2000, a escova progressiva. Meu cabelo nunca mais foi o mesmo. Ficou ralo e de uma maneira esquisita, liso na raiz e ondulado nas pontas. Daí em diante, desenvolvi vício no combo secador + chapinha.

A grande questão é que eu nunca quis entender meu cabelo. Quando eu cortei (em novembro do ano passado, após um corte químico feio), a neura só aumentou, porque ele ficava muito esquisito se eu não secasse com o secador. Na real era sempre uma incógnita, mas me incomodava muito. Vinha fazendo low poo e cronograma capilar (sem muito rigor no calendário, confesso) há pouco mais de um ano, mas andava muito desmotivada, sentia que nada dava certo com o meu cabelo, e qualquer evento já demandava uma ida ao salão para deixar no estilo escova perfeita – continuo amando, principalmente quando rola aquele topete grande, haha.

Eis que participei do EBSA (um evento bacana de blogueiras aqui no Rio) e ganhei uma manteiga ativadora de cachos da Novex, linha da Embelleze. Na hora que ganhei fiquei meio chateada, lembro de ter pensado “nunca vou usar, isso, meu cabelo não é cacheado”. Não sei por que, no dia seguinte resolvi dar uma olhada no creme e tentar seguir as instruções do modo de uso.

GENTE.

Eu queria descrever para vocês como eu me senti quando vi meu cabelo seco e com as ondinhas-quase-cachos todas bem definidas e soltinhas, mas não consigo. Desde aquele dia – e aí já passou quase um mês – meu cabelo não vê secador e eu não me sinto frustrada. Saio do banho, dou uma secada de leve com a toalha, aplico a manteiga e espero o tempo fazer a parte dele, olha que máximo!

Fui toda animada contar para uma amiga sobre a mudança nos cabelos, e a ouvi dizer que eu, sem querer, estou transicionando meu cabelo, mas de maneira totalmente não cronológica. Não sei como ou quando meu cabelo virou ondulado/cacheado (algo entre o 2A e o 2C, segundo os blogs especializados em transição), mas sei que minha grande questão com ele era falta de definição! Na verdade, faltou autoconhecimento, faltou perceber os sinais de que há muito tempo meu cabelo havia mudado. Como uma amiga disse, fiz transição capilar sem saber. O tal big chop eu fiz em novembro, e, só agora, seis meses depois, consegui entender o que meu cabelo pedia.

Eu estava quase chegando aos 30 anos odiando meu cabelo e me culpava muito por isso. Logo eu, que inspiro autoestima em outras meninas e mulheres. Logo eu, com um corpo que a sociedade odeia e dando aula de amor próprio. Isso é bom porque humaniza, sabe? Tira a gente que produz conteúdo de um pedestal de admiração pra nos colocar ao lado de quem nos lê, com nossas inseguranças, nossos bad hair days –  aqueles dias em que ficamos de mal com o espelho. Como disse lá em cima, mulheres são criadas para odiarem a si mesmas, então, por mais que aquela blogueira super empoderada te passe toda a confiança do mundo, é possível que às vezes ela se pegue pensando em como seria se a pele fosse menos oleosa / o cabelo fosse mais comprido / tivesse menos pneuzinho na cintura.

Fazer as pazes com o meu próprio cabelo está sendo (olá gerúndio) libertador e motivador, tanto que voltei ao cronograma capilar com regularidade e ando aloka das perfumarias em busca de produtos que possam me ajudar no tratamento, mas isso é papo pra outro post!