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*Polêmica à vista*

*Não é Publipost* (que pena, rs)

Sempre curti vestidinhos, com destaque especial para os que marcam a cinturas e são folgadinhos no quadril. Me sentia livre e confortável, por isso, quando conheci a Farm, fiquei impressionada com aquelas estampas lindas num tecido super leve, ideal para o calor das arábias que rola no verão do Rio. Acontece que os vestidos de lá eram conhecidos por vestir as meninas super magrinhas. Diziam que o G equivalia a um 40, e, veja bem, eu nem me lembro da última vez que entrei em uma calça tamanho 40, rs.

Daí no ano passado uma cliente acusou vendedoras de serem gordofóbicas em uma visita dela na loja, o que só agravou o meu olhar sobre a marca, que em nenhum momento se desculpou publicamente. Eu continuava achando tudo lindo e bem produzido, mas tinha certeza que um vestido da Farm era algo fora da minha realidade de gorda.

Mesmo com a autoestima trabalhada, ainda achava super chato não fazerem roupas pra magras, e ficava só namorando os vestidos pela internet. Até que um dia uma amiga me colocou em um grupo estilo “provador” – você tira fotos suas com a peça, coloca o tamanho e as suas medidas, para que as outras membras vejam como fica no corpo -, porque tinha uma gorda com um vestido de lá. Alguns dias depois, outra gorda. Até que uma amiga foi até a loja do Rio Design Barra (é uma das maiores e que mais recebe peças tamanho G), e me garantiu que eu entraria no tal vestido. Fui toda receosa, mas acabei sendo super bem atendida, e, pasmem, o vestido M coube em mim. Eu, aquela que uso 54/56 em lojas Plus Size, usando uma peça M da Farm. Parecia mentira, mas, estava acontecendo, haha.

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Desde aquele dia, eu criei uma relação de confiança com a marca, e, mais importante ainda, com a vendedora que me atendeu. A Thais me vê e sabe o tipo de modelo que eu curto, e, o mais importante: ela não me traz nada que sabe que não vai caber. Não me faz passar nenhum constrangimento, muito pelo contrário, me atende super bem. Em outras visitas à loja, conheci também a Yasmin, também do Rio Design Barra, e a Ju, do Shopping Tijuca. “Ah, Mari, é obrigação delas atenderem a gente bem”. Não discordo, mas posso garantir que elas quase me colocam no colo quando vou lá, e, não vou mentir, adoro. Isso porque eu sou uma “gorda 54”, se você usa 46/48, pode se preparar para enlouquecer com um monte de peças lindas que te cabem!

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Nessa minha curta vida de farmete, aproveitei para apresentar à outras mulheres gordas uma Farm que quase ninguém conhece. É uma delícia fazer novas amigas e ver meninas que achavam que jamais entrariam numa roupa de lá saindo com a sacola cheia de peças, e a conta bancária um pouco mais vazia, rs. “Ah, Mari, mas a Farm é muito cara”. Tenho dois vestidos da farm que custaram R$249,00. Na maioria das lojas Plus Size boas, um vestido com tecido, modelagem, corte e estampas bacanas é quase impossível de achar, e, quando achado, custa esse valor ou mais. Então, muitas vezes o argumento de que a Farm é cara cai por terra, dependendo do seu guarda-roupas.

É claro que a loja ainda tem muito o que melhorar, e a minha sugestão inicial, é colocar peças GG – já passou da hora, né? Às vezes o G não cabe por um detalhe mínimo, e a gente fica naquele pensamento “se tivesse um GG, ficaria perfeito”. E uma questão que não aflige só as gordas: o comprimento dos vestidos! Farm tá querendo deixar todo mundo com o popô de fora, é?

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