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Muito se fala em relacionamentos abusivos, mas sempre vejo mais posts relacionados às questões sexuais e amorosas, quando na verdade qualquer relação pode ser tóxica e ferrar com o psicológico de alguém. Família e pessoas que consideramos amigos podem ser igualmente abusivos, por fazer com que você acredite que não é uma boa filha ou amiga.

Por hoje, vou focar nas amizades abusivas. Amigos são famílias que a gente escolhe, logo, ninguém vai querer ficar ao lado de alguém que suga as suas energias e só te faz mal, correto? Nem tanto. Tal qual o relacionamento amoroso abusivo, muitas vezes é preciso que você tenha uma grande decepção para que consiga acordar e ver o quão destrutiva era aquela convivência. Arrisco a dizer que o término de uma amizade pode ser ainda mais difícil, já que esperamos que amizades sejam eternas, justamente por termos escolhido. Mas todos eles tem o mesmo objetivo: o seu bem-estar em primeiro lugar.

Mas como perceber que você está inserido em uma amizade tóxica? Como saber se você também não tá sendo um bom amigo?

Não se importa com você

Não rola uma mensagem perguntando se tá tudo bem, nem querendo saber se você chegou bem em casa depois do cinema, muito menos pra perguntar como tá essa força na ressaca pós-balada. Não é para dar satisfação ao outro 24h por dia, e sim um carinho, uma preocupação com o seu bem estar, ainda mais nessa nuvem de insegurança que estão as ruas ultimamente.

Não fica feliz com as suas conquistas

Sempre que uma coisa boa acontece, você explode de felicidade e a tendência é correr para dividir com aquele amigo especial, mas nota que ele não parece tão feliz quanto você. Te ouve, às vezes desdenha da sua conquista, mas, pra não dar tanto na pista, sempre acha um porém ou arruma um jeito de baixar a sua bola, te deixando meio fuén. De repente aquela alegria nem parece ter tanta razão assim.

Faz você acreditar que é uma péssima amiga por estar ausente 

Vocês tem estilos de vida diferentes, preocupações diárias com prazos e horários, além de outros compromissos sociais. Quando a amizade é verdadeira, você sabe que vai estar à disposição para a pessoa quando ela precisar, mesmo que seja pelo telefone ou Whatsapp, e sente que a recíproca é verdadeira. Eventualmente vocês vão se encontrar, mesmo que seja pra um almoço rápido, e vão conseguir colocar os assuntos em dia. Ninguém é obrigado a estar 100% à disposição de outra pessoa ou deixar as responsabilidades de lado para se divertir, e o outro lado precisa compreender.

Não entende suas limitações

Todo mundo tem limitações, sejam elas financeiras, afetivas, verbais. Às vezes bancar um jantar caro é o sinal de carinho que você pode dar. Às vezes é mais reservado nas palavras, mas as ações mostram bem o que você sente. Ou te enche de carinho, mas avisa que tá sem grana para aquele rodízio japa que vocês amam. Mostrar que conhece e respeita as limitações do outro é uma das maiores provas de amizade.

Não guarda seus segredos 

É impressionante como as coisas sempre “escapam” da boca dela para outras pessoas. Mesmo você pedindo segredo e confiando, acaba descobrindo que seus planos ou suas intimidades foram abertos para outros por quem você mais confiou, e muitas vezes podem colocar sua reputação em risco. Óbvio que a fofoca é sempre “sem más intenções”.

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“Amigos falsos acreditam em boatos. Amigos de verdade acreditam em você.”

É claro que a amizade é uma via de mão dupla, e tem que funcionar para todos os envolvidos. Se você sente que tá fazendo tudo direitinho e tá se sentindo “lesado”, é melhor ter uma conversa franca e resolver se vale a pena ter lealdade com quem não te valoriza. Se ainda assim não rolar, cada um segue seu rumo, livre para buscar outras amizades. É fácil desapegar de uma amizade? Não (eu que o diga, rs). Mas chega uma hora em que precisamos colocar o nosso bem-estar no topo de prioridades.

Antes de escrever esse texto, fui até os meu melhores amigos para saber como eles têm me visto, se eu tenho sido uma boa amiga. Segundo eles, sou meio fechadona com alguns assuntos, mas sou boa ouvinte. Mesmo que não tenha um bom conselho, faço um comentário para pelo menos animar o astral. Na medida do possível, tudo certo por aqui.

E por aí? Que tal compartilhar com os amigos? Ah, me acompanha nas redes sociais também, ó —> Instagram | Facebook | Pinterest |  ♥

De uns dois anos pra cá, começaram a pipocar comerciais e campanhas de marcas que visam o empoderamento de minorias. Salvo engano, o primeiro comercial “polêmico” foi o d’O Boticário, em que um casal de homens gays comemorava o natal (ou dia dos namorados, ou qualquer outra data comercial, rs).  A cada “diferente” que aparecia em propagandas tendo sua condição social celebrada, vinha uma pororoca de reclamações das mais diversas. Com as gordas não seria diferente, rs.

Ano passado, a Ju Romano saiu nua na capa da Elle online, com celulites e dobrinhas à mostra. Foi o suficiente para as leitoras da revista baterem palmas, com ressalvas de que “se a saúde dela está bem, então tá ótimo”. Como se isso fosse uma preocupação em todas as outras 11 capas do ano, com modelos magérrimas. O mesmo aconteceu quando a Ju anunciou que sairia na Playboy. Como uma mulher gorda ousaria posar para uma revista famosa por fazer editoriais com mulheres encalacradas no padrão socialmente aceito de beleza. Nesse episódio da Playboy, vi até feminista tentando diminuir a blogueira . É complicado entender o impacto da representatividade quando não é feito recorte no feminismo. Nenhuma mulher magra vai conseguir entender o significado de ter a Ju Romano como atração da revista.

E assim é com qualquer outra mídia que se atreva a colocar uma gorda na mídia desconstruindo a imagem de sofrida/engraçada/feia/preguiçosa/triste. Sempre vai ter alguém para reclamar, sempre vai ter alguém pra falar que “não importa se é gorda ou magra, somos todas iguais”, ou que querem insistir que ser gordo é bonito. É claro que, na maioria das vezes, o comentário vem de uma pessoa magra.

Seria perfeito que todos fossem celebrados exatamente do jeito que são. Mulheres e homens, cis ou trans, de todas as etnias, condições e biotipos físicos, independente de orientação sexual. Mas a internet tá aí, dia após dia mostrando para o mundo que não é bem assim. A quantidade de comentários de ódio dizendo que as empresas estão fazendo apologia à obesidade é inacreditável, e, com a rejeição, muitas marcas acabam recuando, o que é uma pena, porque:

 

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Gorda usa maquiagem

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Gorda abre conta no banco, faz cartão de crédito, entra no cheque especial (risos nervosos)

 

                                    Gorda bebe cerveja

 

E usa pasta de dente, come pão com margarina, tem celular de última geração… Portanto, esse é só o início. Nenhum passo atrás.