Tag

Dachshund

Browsing

Quem me segue no Instagram já deve ter visto várias fotos minhas com a Peteca, mascote aqui de casa. Hoje vim contar como a chegada de um cachorro na nossa casa mudou a minha vida – e a do Diego também. Mas antes de falar da nossa Petequinha, preciso contar nossa história com a Chica e como precisamos de muito mais que amor para adotar um animal de estimação.

Durante os anos de namoro, eu e Diego vivíamos stalkeando perfis de ONGs que resgatam e cuidam de animais abandonados, “paquerando” os cãezinhos e aguardando a hora em que finalmente conseguiríamos adotar um. Quando estávamos terminando a reforma do nosso apartamento, apareceu a postagem de uma ONG oferecendo uma mestiça de labrador. Veja bem, a gente não fazia questão de raça, queríamos mesmo ter o ‘feeling’ do cachorro. E sentimos isso com a Chica. Como os pais do Diego criaram um cachorro de porte médio-quase-grande em apartamento, achamos que daríamos conta também. E, por quase um mês, aguardamos a chegada da Chica.

Infelizmente a Chica voltou ao abrigo após alguns dias aqui em casa. Não demorou muito para percebermos que nosso apartamento não tem estrutura para um cão de porte grande, além de eu mesma não ter estrutura. A Chica chegou com 8 meses pra gente e já era um bebezão. Não conseguíamos dormir, porque ela subia na cama sem a menor cerimônia – até xixi ela fez uma noite, rs. Não conseguia cozinhar, porque ela tinha altura pra alcançar a pia, além de todos os impedimentos. Confesso que idealizei a ideia de ter um cachorro, mas não tive energia pra lidar com uma de porte grande. Tomar a decisão de levá-la de volta ao abrigo foi muito doloroso, porque eu já a amava muito, mas não tinha forças pra mais nada. Era um misto de frustração e culpa, eu me senti um monstro. Quando cheguei no abrigo, a menina responsável disse que já imaginava que fosse acontecer, mas que eu não desistisse de ter um cãozinho. Ela disse que a tristeza passaria, e quando passasse, que eu pensasse bem num cachorro que coubesse não só no nosso apartamento, mas também no nosso estilo de vida.

Olha o tamanhão da bebê Chica!

Eu já estava decidida a não ter cachorros nunca mais. Além do trauma e da culpa no retorno da Chica para o abrigo, não me considerava pronta pra ter outro doguinho em casa. Eis que eu estava com esse pensamento, até que recebi um telefonema da minha tia, perguntando se eu tinha interesse em adotar um cachorrinho ‘salsicha’ – o nome certo da raça é Dachshund. Ela me disse que os cachorros de um rapaz que trabalha na agência bancária dela cruzaram por um descuido dele e ele não queria vender – a intenção era colocar para adoção e continuar acompanhando os filhotes nas famílias. Liguei para o Diego, que pesquisou tudo sobre a raça (já sabíamos que era pequeno e ficaria de boa num apartamento, mas era primordial saber sobre a personalidade e comportamento). Em algumas horas, topamos. Fomos conhecer os filhotinhos em seguida, eles nem abriam os olhos ainda! Escolhemos a mais gordinha, e assim que ela desmamou, a trouxemos para casa.

Hoje eu me pergunto como eu pensei em nunca mais ter cachorro… A Peteca é a coisa mais linda e fofa da vida! Amor da família, ama visitas e ama visitar a casa dos outros também. É uma super companheira pra tudo, não pode ver eu me movimentando que ela vai atrás. Chega a partir o coração quando preciso ir na rua e não posso levá-la. Por ela ainda ser filhote, não pode andar na rua – mas essa semana já vai poder!

Nossa xalxixa veio mini e agora tá virando um xalxixão!

A Peteca chegou na nossa casa há pouco menos de dois meses, e preciso dizer que volta e meia me pego pensando no tanto de dinheiro que já gastamos com ela e que poderíamos ter direcionado para outras coisas. É bizarro, porque em frações de segundo eu me pego pensando no cheirinho dela e em como tê-la na nossa vida é maravilhoso, como a presença dela traz mais vida e mais luz pra nossa casa. Ela já tá quase 100% treinada pra fazer xixi no lugar certo, além de ser muito esperta e carinhosa.

Dito isso, preciso reconhecer que sobrou empolgação e faltou maturidade na nossa primeira tentativa de adoção. Entender o animal, as características da raça e se vão se adequar à sua casa e seu estilo de vida é fundamental para uma adoção de sucesso.

Ah, a Chica foi adotada há cerca de um mês. Nem preciso dizer o quanto ficamos felizes por ela ter encontrado uma família com, além de estrutura, muito amor pra dar!

Me sigam também nas redes sociais!

Instagram | Facebook | Pinterest