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Engana-se quem pensa que eu vou dar detalhes do casamento da Marina Ruy Barbosa. Embora o casamento dela tenha sido comentado à exaustão – do kit dado aos padrinhos às vestimentas dos convidados -, aqui nesse espaço, o casamento mais badalado do ano foi o meu, no último dia 30. Eu e Diego gastamos algumas (muitas) cifras a menos, mas, assim como na celebração da atriz, não faltou felicidade por todos os cantos.

Meu grande sonho da vida sempre foi ter uma festa de casamento com tudo o que tinha direito. Com o tempo, fui percebendo que o que era mais importante na comemoração é que ela traduza o relacionamento dos noivos, que faça com que as pessoas se divirtam e celebrem o real sentido de estarem ali.

Rolou uma saga com a previsão do tempo. Escolhi casar em um sítio em meio à uma floresta urbana no Rio, e chover não era uma opção na minha cabeça. Desde o início de agosto eu monitorei a previsão do tempo, e, na primeira vez que deu chuva, eu chorei demais. Na semana do casamento eu acalmei meu coração e aceitei a previsão de 80% de chuva. Ate eu me surpreendi por ter lidado tão tranquilamente, mas boto na conta de santa clara, que não clareou o céu, mas clareou meu coração. A maior questão era a contratação das tendas cristal, que custavam quase o dobro do que nos foi informado. Um gasto desses na semana do casamento é estressante (claro, se você não for a Marina Ruy Barbosa, rs) e gera uma tensão absurda.

Faltando 20 dias para a festa, vi que não estava satisfeita com os doces e chocolates que o buffet oferecia, contratei chocolates com a Ana Foster, é só os chocolates custaram mais que o sitio abateu por todos os doces. Não pensamos duas vezes e resolvemos nós mesmos fazer os doces, já que grande parte da nossa festa foi bancada pelo nosso trabalho na Brigadeiro & tal.

Passamos a semana inteira fazendo e enrolando doces com a ajuda de um dos padrinhos. Foram 650 doces, mais os 400 chocolates que compramos. Fizemos docinhos de chocolate meio amargo, capuccino, côco com damasco, pistache, limão siciliano, queijo parmesão com goiabada e nozes. Eu me mudei na semana do casamento, ainda tava me acostumando à nova casa e tava uma zona total, mas incrivelmente deu tudo certo.

No dia anterior à festa, eu fui ao sitio à tarde levar algumas coisas e acompanhei o pessoal começando a montar nossa festa.  Dei uma olhada nos arranjos que estavam prontos e eles estavam lindos, como eu sonhei! Voltei à noite para levar mais coisas e fiquei encantada com grande parte do sítio pronto pra minha festa. Eu tava 100% calma e certa de que daria tudo certo. As mesas estavam lindas, o muro inglês estava perfeito e com uma iluminação maravilhosa!

No dia do casamento, eu acordei mau humoradíssima. Passei praticamente a semana inteira dormindo pouco, e privação de sono acaba comigo! Além disso, odeio ficar parada, então a ideia de passar três horas parada com alguém me maquiando e arrumando o meu cabelo era sacal. Eu só amoleci quando a fotógrafa perguntou sobre o que tinha sido feito por nós ou por familiares e amigos.

Além dos doces, que já citei acima, fiquei emocionada quando lembrei que meu pai passou a semana fazendo geleia para colocarmos nos potinhos de lembrança. Foram usadas 80 mangas e 240 maracujás!!! Um dos padrinhos fez os convites e menus. Outra madrinha cuidou do RSVP. Os vidros com flores das mesas e os vasinhos que colocamos as suculentas de lembrança foram feitos pela minha tia. Outra madrinha fez o bolo e metade dos bem-casados. Tudo ali tinha energia e trabalho das pessoas q fazem parte da nossa história e isso era muito importante pra gente. Ali eu comecei a ficar ansiosa e a ficha caiu que havia chegado a hora de desfrutar de todos os meses de planejamento, trabalho e economia.

Chorei mais ainda quando meu pai me trouxe o buquê e a tiara, que estavam exatamente como eu sonhei. Coincidentemente tocava “Como nossos pais” enquanto minha mãe abotoava meu vestido, e aí, mais lágrimas. Eu já tava com vergonha de toda hora ter que retocar a make. Chovia muito e não rolou fazer as fotos ao ar livre no jardim do meu condomínio, infelizmente. Eu também não tava na vibe, a ansiedade me consumia, eu queria encontrar logo todo mundo e já estava morrendo de fome, hahaha.

Já pronta, fui informada que minha prima (que foi madrinha) e minha vó, que levou as alianças ainda não tinham chegado. A essa altura eu já tava ansiosa demais e fui pro sítio assim mesmo. Quando cheguei, elas já estavam lá, o sítio tava lotado e eu pude acompanhar do alto a entrada dos padrinhos. Na primeira batida da música eu já chorei muito! Ainda bem que a maquiadora tava lá em cima comigo, retocando sempre que necessário.

Na hora da minha entrada, nada mais importava. Eu não queria mais o guarda-chuva transparente, eram apenas chuviscos e eu encarei com tranquilidade. Eu chorava muito, e quando olhei pros convidados, tava todo mundo muito emocionado, o que só fui entender quando olhei pro Diego. Ele estava em prantos, e só de lembrar enquanto escrevo, me emociono. Nós estávamos transbordando felicidade e isso passou para todos os nossos convidados, gente. Eu nunca havia visto isso em nenhum casamento que fui convidada. Quem não chorou na nossa entrada, não aguentou ao ver minha avó entrando com as alianças – foi sem dúvida o ponto alto da nossa cerimônia.

A cerimônia foi linda, com rituais que escolhemos juntos e discursos dos nossos amigos celebrantes sobre respeito e cumplicidade. Nossos votos também foram emocionantes, eu olhava para os padrinhos e todo mundo chorava horrores. Nesse ponto eu já nem lembro se chovia, não fazia mais diferença… eu só conseguia olhar pro Diego e sentir que estávamos plenos em nossa felicidade. Nada mais importava naquele momento. Foi uma cerimônia não convencional, mas cheia de amor e preparada com muito carinho pra nós e pra todos que compartilharam esse momento com a gente.

Sobre a festa… Olha, todo mundo duvidou, mas eu e Diego comemos, bebemos e nos divertimos demais! Sentamos pra almoçar – como uma boa noiva do povo, comi bastante farofa enquanto bebia espumante -, e enquanto isso a maquiadora prendeu meu cabelo e retocou a maquiagem. Os fotógrafos/cinegrafistas também sentaram pra comer nessa hora – me preocupei se todo mundo que tava trabalhando tava comendo bem. Nos emocionamos muito na primeira dança, e depois, o DJ foi incrível! Durante o planejamento da festa, confesso que fiquei insegura por ser uma festa pós-almoço, mas o pessoal estava super animado. A pista bombou do início ao fim (o DJ teve que encerrar, senão ninguém saía da pista), e minha vó aos 80 anos roubou a cena, dançando todas-as-músicas!!! Ela é essa senhorinha de branco que aparece nas fotos dançando e também tentando pegar a garrafa de Chandon que eu joguei pras amigas, é mole?

No fim, só pude agradecer pela chuva e pelo tempo fresco, que, além de darem charme ao lugar que eu escolhi, foram providenciais pra que meus convidados não morressem escaldados. A Natureza é muito sábia mesmo, só nos resta confiar e aceitar.

Vi muitos casamentos enquanto planejava o meu. Me senti insegura muitas vezes achando que a minha festa não teria graça diante de tanta coisa diferente e luxuosa que vi. Mas nossa comemoração imprimiu bem nossa vida e o que construímos juntos até aqui, e isso foi passado para os nossos convidados de uma maneira espetacular. Prova disso foi ouvir de tanta gente que aquele casamento estava “a minha cara”. Foi, sem sombra de dúvidas, o momento mais feliz e mágico da minha vida até hoje e eu sou muito grata por ter vivido tudo aquilo ao lado de pessoas tão especiais.

Ainda não recebi fotos oficiais, então todas as fotos que ilustram esse post foram tiradas por amigos meus durante a festa e postadas com a hashtag #aquelecasamento. Espero que vocês curtam o teaser do vídeo do nosso grande dia e sintam pelo menos um pouquinho da alegria que transbordou lá ♥