Na última quarta-feira, compartilhei no meu perfil do Facebook uma situação bizarra que passei durante uma transmissão no trabalho. Segue a publicação para vocês entenderem melhor:

O Thales, meu parceiro de trabalho, escreveu um artigo para uma revista no Medium sobre esse caso.

Clique aqui pra ler as maravilhas que o Thalão falou sobre mim :p
Mas hoje eu não vou falar sobre a gordofobia que rola nos estádios, nas redações, na nossa sociedade. Hoje eu não quero medir a pequenez de quem acha que constranger uma mulher – que pra piorar, estava trabalhando- deveria ser elogio.
Este post é sobre as mensagens de apoio que eu recebi. Eu, que tive receio de escrever e parecer estar reclamado do que seria um “ônus” da profissão que escolhi. Eu, que por duas vezes internalizei as lágrimas para não chorar na frente de desconhecidos enquanto rolava o show de horror.
Após publicar no Medium, o Thales compartilhou no Twitter. E no Facebook. E eu compartilhei nas páginas feminijas, principalmente as que falam de imprensa e mídia. Amigos, a minha fala tomou um alcance que eu jamais imaginei, e eu recebi mensagens, desabafos, agradecimentos, pedidos de desculpa. De estudantes, de professoras, de jornalistas. Gordas e magras. Do Piauí à Porto Alegre, e até de Buenos Aires. Mulheres que são frequentemente silenciadas nos estádios de futebol, nas redações em que trabalham, na família, em sala de aula. Infelizmente, eu não estou sozinha nessa.
Me agradeceram pela coragem de expor um problema presente nos nossos estádios, ringues, nos fóruns de games, escritórios de engenharia. Desabafaram porque já não aguentam mais o preconceito de gênero. 
O que eu vou falar é clichê, mas lá vai: lugar de mulher é onde ela quiser. Mulher nenhuma merece ser agredida ou assediada, seja no horário de trabalho ou lazer. Mulher nenhuma merece ser invadida por seres que se acham superiores pelo simples fato de terem um pênis.
Que o que eu passei sirva para empoderar muitas outras mulheres. Não há nada de errado em ser gorda. Não há nada de errado em ser gorda e se considerar maravilhosa – acredite, você é. 
Segue o jogo. E a luta.

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