Com o advento da tecnologia, a vida corrida e as mordomias rotineiras, não é difícil sermos invadidos pela preguiça e o cansaço, que muitas vezes parecem não ter fim. No mês passado o governo federal divulgou a pesquisa “Diagnóstico Nacional do Esporte”, que apontou que 45,9% dos entrevistados não praticam nenhuma atividade física.

Dá para acreditar que quase metade dos brasileiros se rendeu ao sedentarismo? Entre as mulheres, o índice é mais alarmante: 50,4% das entrevistadas confessaram que são sedentárias. Entre os homens, o índice é de 41,2% . 
Essa pesquisa reflete também o machismo na nossa sociedade. Cansamos de ouvir histórias de homens que tem compromisso semanal com o futebol, enquanto suas companheiras precisam administrar o tempo entre trabalho, cuidar da casa e dos filhos, quando os têm. Aliás, a falta de tempo foi a maior alegação para a ausência de exercícios físicos no cotidiano.
Eu confesso, sou uma preguiçosa de marca maior. Agora, perto dos 30, comecei a perceber que o sedentarismo é um círculo vicioso. Eu quero me exercitar, mas me sinto cansada, e quanto mais descanso, menos ânimo eu tenho. Fora que eu não me identifico nem um pouco com o hábito de malhar, ter séries dentro de uma academia fechada com música nas alturas. Acho um saco! 

Ultimamente, ando à procura de alguma atividade que me dê prazer e me aceite como uma sedentária, porque uma outra coisa que me incomoda são aquelas pessoas te olhando como se você fosse um ET quando coloca o menor pesinho da academia. Oras, se está começando tem que ser leve! Tenho buscado mulheres praticantes dessas atividades que tenham um corpo parecido com o meu, por questões de identificação, mesmo. A americana Jessamyn Stanley tem 27 anos e é instrutora de yoga. Com uma flexibilidade de dar inveja, Jess publica fotos em diferentes posturas, e tem quase 100 mil seguidores no Instagram. Além da parte física, ela sempre fala de como a atividade a empodera no dia a dia. Através dela, conheci um monte de outros perfis que celebram a yoga praticada por mulheres além dos padrões. Olha que legal:

Até fiquei tentada a começar algumas aulas de yoga, mas desisti quando vi os preços. Ainda não dá para o meu bolso de jornalista prestes a casar, mas espero que role em breve. Ah, coloquei como meta para o próximo final de semana de folga aparecer em um aulão gratuito no templo ISKCON, aqui no Rio. Eles tem aulas grátis aos sábados e domingos, das 10h ao meio dia.

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